RELAÇÃO DO PERFIL FARMACOTERAPÊUTICO DE PACIENTES HIPERTENSOS E DIABÉTICOS DE UMA UNIDADE DE SAÚDE NO MUNICÍPIO DE ABAETETUBA-PA COM A HEPATOTOXICIDADE MEDICAMENTOSA

Resumo

As propriedades hepatóxicas intrínsecas de um medicamento o tornam nocivo ao fígado, mesmo que consumido sob orientação profissional, ademais, o uso concomitante de diferentes medicamentos pode levar a interações no metabolismo hepático, aumentando o risco de lesão hepática. Por isso, este estudo tem como objetivo traçar o perfil epidemiológico e farmacoterapêutico dos pacientes hipertensos e diabéticos comparando com possíveis situações de Hepatotoxicidade medicamentosas. Para alcançar esse objetivo foi realizado um estudo descritivo observacional, em uma Unidade Básica de Saúde, localizada no município de Abaetetuba. A população do estudo foi composta por todos os pacientes assistidos na unidade de saúde selecionada e a amostra se restringiu aqueles que fazem uso contínuo de medicamentos para o controle da Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e Diabetes. O material de estudo consistiu em prontuários médicos de pacientes hipertensos e diabéticos, inscritos no programa HIPERDIA. A coleta dos registros médicos proporcionou 77 prontuários, compreendendo 17 de pacientes com diagnóstico concomitante de HAS e Diabetes, 08 exclusivamente diabéticos e 52 exclusivamente hipertensos. Em relação ao perfil farmacoterapêutico, foram prescritos 195 medicamentos, sendo os mais recorrentes Losartana (59 prescrições; 30%), Hidroclorotiazida (42 prescrições; 21,5%) e Anlodipino (23 prescrições; 11,7%) para hipertensão, e Metformina (23 prescrições 11,7%) e Glibenclamida (16 prescrições; 8,2%) para diabetes. Por fim, este trabalho reitera a importância de uma abordagem holística e integrada na prestação de cuidados de saúde, onde a compreensão aprofundada do perfil dos pacientes e o uso criterioso de medicamentos convergem para o objetivo maior de melhoria da qualidade de vida dos portadores de HAS e diabetes.