ANÁLISE DA APLICAÇÃO DE REVESTIMENTOS COMESTÍVEIS NA CONSERVAÇÃO PÓS-COLHEITA DE CITROS

Resumo

O gênero Citrus engloba diversas espécies de grande importância nutricional e medicinal. No Brasil, se destacam a produção de laranja (Citrus sinensis) e lima ácida (C. latifolia). Apesar de os frutos cítricos serem classificados como não climatéricos, ou seja, não amadurecem após a colheita, eles sofrem alterações como perda de massa e mudanças na coloração. Essas alterações impactam diretamente na qualidade dos frutos para exportação e mercado interno. A conservação pós-colheita é crucial devido aos desafios fitossanitários enfrentados, como pragas e doenças que afetam a produção. Embora produtos químicos sejam comumente utilizados para o controle de doenças pós-colheita em citros, a demanda por frutas livres de resíduos químicos tem impulsionado a busca por estratégias de controle alternativas, como compostos naturais. Os revestimentos comestíveis, que são biodegradáveis, surgem como uma dessas alternativas. Quando aplicados diretamente nos frutos, formam uma camada protetora adicional. Este estudo visa realizar uma revisão sobre a eficácia de diferentes tipos de revestimentos comestíveis para prolongar a vida útil dos frutos cítricos após a colheita. A metodologia empregada incluiu um levantamento bibliográfico amplo em bases de dados científicos, bibliotecas virtuais e repositórios acadêmicos, utilizando palavras-chave pertinentes ao tema. Os artigos selecionados foram criteriosamente avaliados quanto à relevância, atualidade e credibilidade das fontes. Os resultados obtidos indicam que os revestimentos, como ceras de abelha e pectina, combinados com óleos essenciais, demonstraram eficácia na redução da perda de massa e na manutenção da qualidade visual e sensorial de frutos como tangerinas e laranjas Pêra. Em conclusão, diversos estudos evidenciam que o uso de revestimentos naturais e bioativos pode ser uma estratégia promissora para prolongar a vida útil e preservar a qualidade de frutos cítricos. Contudo, é crucial continuar investigando os possíveis impactos desses tratamentos no sabor dos frutos, visando otimizar essas técnicas e assegurar a aceitação pelo consumidor.